quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Cela Livre

Madalena vivia num pequeno quarto solitário
Tinha tudo que precisava e não sentia saudades
Cama grande, garrafas de vinho, livros e chocolate
Não contava com ninguem, ninguem podia contar com ela
Vivia por viver, sem esperar nada acontecer, dormia livremente

Madalena era silenciosa, intrigante
Todos tentavam decifrar aquela vida estranha, incomum
Ninguém tinha coragem o bastante para pular naquele abismo escuro
Mas todos iam até o limite permitido, para contemplar todo aquele vazio
Madalena despertava interesse, despertava paixão, ao mesmo tempo que causava arrepio
Dava para perceber algo estranho em seu olhar...que não condizia com vida que levava
Nem aquele quarto sabia de todos os segredos

Censurava as vidas alheias, menosprezava pequenos gestos de amor

...continua

domingo, 25 de outubro de 2009

Sempre Brilhará

Por dentro eu sei
Que nunca senti
Nada além de amor
Em tudo o que vivi
Estou deixando o céu
Rumo ao inferno
Só, sem você
Mas não há nada a fazer

As coisas são assim
Prá que se lamentar
Se dentro de nós
Sempre existirá
Sempre existirá

Toda esperança
Sempre brilhará
Do outro lado da noite
Aonde você está
Am7
Espantarei mil demônios
Não hesitarei
Andarei na escuridão
Dessa guerra sem fim
Repete refrão

Por dentro eu sei
Que nunca senti
Nada além de amor
Em tudo o que vivi
Estou deixando o céu
Rumo ao inferno
Só, sem você
Mas não há nada a fazer

As coisas são assim
Prá que se lamentar
Se dentro de nós
Sempre existirá
Sempre existirá

Toda esperança
Sempre brilhará
Do outro lado da noite
Aonde você está
Espantarei mil demônios
Não hesitarei
Andarei na escuridão
Dessa guerra sem fim

Letra: Celso Ricardo Furtado de Carvalho
"Um dia sua bunda ficará feia'

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Esquecidos

Eu preciso de um milagre
Era o que estava escrito no cartaz que aquele homem segurava
Pedindo esmolas na calçada
Procurando se esquivar da verdade

Ninguém o via, ninguém o tinha
Ninguém continha o desprezo no olhar
Pois só ele queria encontrar
Aquele dia que não vinha

E foram sobrando tristezas e agonias
Os filhos distantes as dores constantes que ninguem percebia
Desolado juntando pedaços que o tempo espalhou
Preso na própria jaula enferrujada e imunda
Ele sabe que será só isso até o fim
Sem aquele rede na varanda
Negociando a alma em troca do esquecimento
E todos os pensamentos que não o deixa dormir
Nem tão pouco querer encontrar
Os filhos distantes que se foram em vão

Pai se nós somos um só
Então por que só eu sinto a dor

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Oceano



O sol se foi
O calor da terra queimam os calcanhares
Estico as velas rasgadas e sujas empoeiradas
Trovejando clarões no céu, mapa rasgado em pedaços
Velhas rotas esquecidas, que ninguém mais conhece
Lanço ao mar meu vagabundo navio
Seguindo o ultimo raio de claridade
Viajando sobre abismos malditos
Festejando a liberdade reprimida
Da qual não se pode nem brindar
A mim não importa, as garrafas estão cheias
Estarei em seu coração, quando você quiser chorar
Um pequeno ponto vagando sem saudade
Sem chão, sem gaivotas, sem ancorar
Em qualquer lugar, que eu possa ficar

Os murmúrios vem do mar, negro e gelado
Eu consigo te ver, ouvir você dizer
Que tanto faz agora não dá mais

Eu queria ouvir você dizer vamos recomeçar
Atracar em qualquer lugar
Desesperadamente recomeçar
Um novo oceano de paixão

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Palavras, rumores e dias



Ainda temos tempo de recomeçar a sorrir
Ainda temos tempo para deixar tudo pra lá e viver
Pegue os sapatos e não grite
Para se convencer sozinho que as coisas estão bem
A dor, sabe, é normal quando as histórias chegam ao fim
Malditas as ambições quando não se concretizam
Mas entre pegar e largar não se deve nunca esperar
Porque o tempo que perdemos ninguém nos dará de volta.

Palavras, rumores e dias
Esperas, esperanças e sonhos
Longe, perto...quem saberá
..quem saberá

Responda às perguntas, e não tente fugir
Para não ser forçado a perseguir mais tarde
Quando tiver seus 40 anos e as respostas ainda vagas
E a dúvida que talvez fosse melhor ter tido um filho
E ter casado com aquela mulher que você não teve seguro
Quando tinha mais cabelo e mais coragem de investir
Somos feitos para cometer erros, e depois voltar atrás
E desejar sempre o que está atrás do vidro
Mas pegue os sapatos e tome de volta sua raiva,
...e continue a procurar a sua agulha na areia...

Palavras, rumores e dias
Esperas, esperanças e sonhos
Longe, perto...quem saberá
..quem saberá

Letra: Fabrizio moro
Trad.: Ricardo Furtado

1/4

As vezes os dias passam lentos
Tão devagar que chego a tentar dormir
Eu sei que dormindo eu posso perder alguma coisa
Talvez aquilo que tanto procuro.

Já os anos, esses passam veloz mente
Tão rápido que chego a sentir medo
Eu sei que aproveitei o que pude
Mas sei que deveria ter feito muito mais

Agora me prendo nas horas
Mas já não me importo se elas passam, ou demoram
Como ainda não achei o que preciso
Nem tão pouco posso fazer muita coisa a mais
Eu tento apenas me manter acordado

Para não sei esquecido por mim mesmo!!!

Porque aqui as horas não passam
E o sono não vem
Porque aqui os dias passam
Mas são todos iguais


Ricardo Furtado

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Infancia

Sobre minha infancia...

Eu esqueci das cenas..
Mas não me curei das consequencias...
Eu tinha um canto, meus brinquedos tinham força
Meu mundo estava em guerra, mas eu sempre vencia
Eles eram fortes quando eu estava no comando
Não ligava pra o erro deles, eu tinha que manter meu mundo cheio de fantasias

Eu era uma criança que não gostava das pessoas
Não queria ser adulto como meus pais
Eu queria ouvir uma musica, fechar os olhos e sonhar
La fora era sempre melhor
Meus irmãos me protegiam, minha irma me vestia

Eu esqueci das cenas, mas não das consequencias
Agora quero esquecer de tudo, antes que tudo me esqueça
Eu ainda tenho os mesmos olhos claros
O mesmo medo de me despedir
A mesma vontade de estar só...

Ricardo Furtado

O choro

Lulu cai em prantos com a vitória do Rio para sediar as Olimpiadas...

Todo mundo viu ele chorar, o mundo viu ele chorar...pena que tantos brasileiros choram e ninguem vê.

Gostaria de falar mais sobre isso...mas nao vale a pena!

Ricardo